CAFETERIAS NO CINEMA




Se vocês como eu, adoram cinema, devem lembrar-se de vários filmes onde as cafeterias (digo isso no sentido americano, onde toma-se o café da manhã) é a locação principal e acaba fazendo parte da história das vidas das personagens.

Quem não assistiu TOMATES VERDES FRITOS? ou viu pelo menos 1 capítulo do seriado FRIENDS?

Mas eu resolvi falar de um filme que gosto especialmente:

O Filme Bagdad Café (De: Percy Adlon. Com: CCH Pounder, Marianne Sägebrecht, Jack Palance. 1987) aborda essa sensação de deserto interior. O limite de abandonar a mesmice, mesmo sem um planejamento. A mudança vem sob um sol abrasador…

Quem já leu outros comentários meus, viram que destaco de ter muitos mais filmes mostrando o universo masculino. Bagdad Café, nos brinda logo com duas personagens femininas e marcantes. Duas mulheres que ficarão em nossa memória emotiva: Jasmim e Brenda.

Quem são elas? Em que ponto da jornada (vida) seus caminhos se cruzaram? E por que não foi apenas um encontro passageiro, nem tampouco descartável?

Antes, num ponto da estrada que corta o Deserto de Mojave fica o Bagdad da história. Com um pequeno Motel, um posto de gasolina e o Café. O trio pertence a Brenda.

Agora, um pouco das duas. Ou onde suas vidas se cruzaram e fizeram a diferença.

Jasmim (Marianne Sägebrecht), uma turista alemã, junto com seu marido, param num ponto dessa longa estrada. Meio que perdidos. Após uma discussão, Jasmim, por não aguentar mais a grosseria do marido decide seguir viagem sozinha e a pé. Ainda por cima carregando uma mala. Parece meio loucura isso. Mas talvez, por ter visto no mapa que estaria próxima a um local chamado Bagdad. E assim seguiu o seu caminho…

Pararelo a isso, um outro casal também em conflito.

Brenda (CCH Pounder) discute com o marido. Nesse caso, é o marido que não entende a grosseria, ou o jeito arredio da esposa. Ele vai embora… Brenda, ali, meio desolada com tudo… Quase não acredita naquela aparição – Jasmim chegando. Algo meio surreal…

Assim, diante de perdas… O destino as colocam juntas. E tem início a uma relação que transformará ambas. Ou melhor, irá retirar as armaduras de ambas. Irão se descobrir por completo.

Jasmim se hospeda… Mas ao chegar no quarto, vê que pegou a mala errada… Então, retira de si, a verdadeira bagagem: carinho e amizade. E aprende a fazer mágica. E com isso consegue trazer mudanças para aquele local. Mais até, ela altera a lógica dos hábitos dos que ali viviam.

No outro ponto, temos Brenda, a dona do Bagdad Cafe. Tentando ser, manter-se a dona de si mesma. Talvez até com um aviso no coração: “Não tem mais vagas!” Alguém que apenas vai levando a vida.

Meio que cansada, a princípio se fecha e re-age ante aquela forasteira. Por aquela invasão na sua privacidade; na sua vida. “Que ousadia era dela em vim querer arrumar o meu caos?”, pensaria.

Aos poucos, Jasmim e Brenda, vão se transformando… A ternura vence o deserto que, afinal ambas estavam vivenciando até então. Amizade cresce. Elas crescem…

A trilha musical tem três ponto altos. Mas sem sombra de dúvida, “Calling You“, na voz de Jevetta Steel, emociona! Uma brisa quente vindo justamente na minha direção… uma mudança se aproximando… como uma doce libertação.”

Amei esse filme!


Que tal fazer um cafezinho e preparar a pipoca?

bjs cafemaníacos!

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